Texto por Piauí Hoje – A poluição sonora ainda é um dos principais fatores agravantes do estresse. Você sabia que o tratamento acústico é um parâmetro importante no projeto de construção civil?
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Com o objetivo de evitar que a poluição sonora presente nos grandes centros chegue ao interior de edifícios, surgiu a Norma Regulamentadora do Isolamento Acústico em Edifícios – Norma de Desempenho NBR 15.575 -, que entrou em vigor em 2013, trazendo alguns requisitos estruturais que garantem o conforto aos seus moradores, que estão próximos a áreas bem movimentadas ou com muitos ruídos. O regulamento ainda limita o nível máximo de ruído permitido em 45 decibéis.
Além de ser uma das principais causas de multas e reclamações em condomínios verticais, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a poluição sonora como a terceira maior questão de saúde pública do mundo, atrás apenas da poluição do ar e da água. O elevado nível de ruído prejudica o aprendizado nas escolas, dificulta a comunicação e o raciocínio no ambiente de trabalho. Além de interferir diretamente na qualidade do sono em residências, hotéis e hospitais.
Segundo a designer de interiores e empresária do ramo da acústica, Clenilda Moreira, há inúmeros malefícios à qualidade de vida das pessoas quando sua residência não possui um tratamento acústico. “Os níveis de som elevados que vem da área externa, e os que são produzidos dentro dos ambientes, fazem com que as pessoas tenham um nível de tolerância diminuído, causando um mal-estar no convívio familiar”, explica.
A poluição sonora ainda é um dos principais fatores agravantes do estresse, mal que afeta centenas de pessoas no mundo inteiro. “O aumento nos níveis de irritabilidade causados pela dificuldade de concentração e a necessidade das pessoas falarem mais alto para serem entendidas e ouvidas, são consequências da falta de tratamento acústico em um ambiente, prejudicando a audição das mesmas por terem que conviver com ruídos em volumes elevados”, completa a especialista.
Cada tipo de construção deve respeitar um padrão específico de isolamento acústico de acordo com as necessidades de uso do edifício ou residência. Também são levadas em consideração as condições do local onde será feita a construção, para que se tenha uma referência do tipo de poluição sonora que pode afetar o lugar.
“O tratamento acústico em residências é importante porque está diretamente relacionado à saúde das pessoas, pois consiste em criar anteparos tratados acusticamente, para que o som tenha dificuldade de entrar em ambientes que devem ser mais silenciosos, deixando a edificação fica mais protegida”, conclui Clenilda Moreira.
Fonte original do texto: Piauí Hoje
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