As empresas estão constantemente inovando e desenvolvendo soluções e métricas para o ponto de venda pois, claro, é principalmente ali que o cliente toma a sua decisão de comprar ou não um determinado produto ou serviço, além de se relacionar com a marca.
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Vários são os conceitos (marketing sensorial, análise de expressão facial, loja autônoma, promoções, visual merchandising etc.) que são apresentados como alavancadores de vendas e que, por muitas vezes, realmente o são se planejados, implantados e mantidos em constante e correto funcionamento no ponto de venda.
Planejar x Realizar
Mas é justamente este o grande problema, pois o que vivenciamos constantemente é uma desconexão entre o previsto e o realizado.
Quando pensamos em sonorização ambiente, o previsto, na maioria das vezes, disponibiliza capital para instalação de ótimo padrão de sonorização, capaz de realmente proporcionar um ambiente agradável, positivo, amigável e que provoque a energia e a motivação nos clientes de explorar o local e interagir com os produtos, serviços e com a marca, aumentando a probabilidade de venda.
Mas, no dia a dia, o resultado (o que é o efetivamente realizado) está muito longe disto. No caso do nosso mercado de sonorização, no qual são exploradas músicas e eventualmente mensagens, o que se vê normalmente é que, por economia e para atender o orçamento, o projeto e o conceito desenvolvidos são desidratados (palavra do momento), e o que se vê na prática é que o cliente (e os funcionários) não percebe o poder da música pois simplesmente não as ouve corretamente, e nem as mensagens que estão sendo transmitidas.
A qualidade sonora e a fidelidade (percepção dos sinais subgraves, graves, médios e agudos) desaparecem, pois todos os conceitos de cobertura e pressão sonoras são desconsiderados para que se possa atingir o orçamento e diminuir o valor de implantação, ou mesmo de retrofit e manutenção.
Lembro que, como já apresentamos várias vezes no nosso blog, cientificamente é comprovado que a música e a mensagem aumentam as vendas e o branding, mas desde que planejados, implantados e mantidos corretamente e continuamente.
Na prática, o que acontece é que, no ponto de venda, onde o cliente decide, o responsável diz para desligar a música, pois incomoda o cliente, ou, ainda, se um problema técnico acontece, não aciona a manutenção pois “os tempos estão difíceis e precisamos economizar”.
Se duvida do que eu digo, faça uma visita a qualquer Shopping Center do Brasil e tente ouvir as músicas que estão sendo transmitidas e depois me diga: você entendeu e percebeu a qualidade sonora!? Você se sentiu agradavelmente imerso na qualidade musical do ambiente? Vá para qualquer aeroporto do Brasil, com raras exceções, fique ouvindo as mensagens e se prepare para correr, pois pode perder o embarque por não entender que o portão mudou.
Qualidade sonora
Cabe definir o correto conceito: o que significa, na prática, a “qualidade sonora” para empresas? Bem, eu poderia dar várias explicações, mas sem ouvir a sonorização existente em um local, fica difícil comparar o ruim e o ótimo. Portanto, podemos dar como referência de qualidade – e destacando que faço questão de não mencionar clientes nossos – as lojas da Forever 21 ou mesmo da Zara, pois nelas vocês vão perceber e entender do que estou falando.
Alguém pode pensar “ah, mas são investimentos altos!”, mas garanto que não são, pois, como já mencionei em outros comentários, o caro é investir dinheiro, tempo e esforços para implantar um sistema de sonorização e depois ter que desligá-lo, pois o cliente reclamou.
Ou seja: o custo de planejamento existiu e não tem como escapar, o custo de implantação, por menor que tenha sido, foi jogado fora e esta ferramenta de marketing não está sendo utilizada, e o pior: o cliente reclamou e provavelmente não volta e nem se relaciona com a marca positivamente.
Portanto, o que é mais caro, fazer o correto investimento com base em projeto técnico e usar o sistema diariamente, ou economizar com cortes em equipamentos, perdendo qualidade, e não usar o que foi instalado e, ainda, perder clientes, sem contar funcionários?
Em resumo, e respondendo a pergunta no título deste comentário, eu acredito que o resultado consolidado dos investimentos normalmente são baixos, e tenho a sensação que a grande maioria das empresas acaba se conformando com esse resultado ruim, deixando que o dia a dia engula a realidade.
O que vejo diariamente é que temos muitos e muitos pontos de vendas que poderiam realmente captar a atenção do cliente no seu momento de decisão de compra, gerando branding e aumento de venda. Porém, na realidade, os erros de implantação, de uso e de manutenção espantam o cliente e desmotivam os funcionários. O que era para ser uma experiência positiva, passa a ser um sofrimento, quer seja pela qualidade sonora do local, pelo volume alto ou pelo tipo de música não compatível com a marca.
Isso resulta em que todo o previsto não aconteça em sua plenitude, pois alguém que não está acompanhando o conceito e somente vê valores e economia passa a decidir que vai fazer o mais barato possível e todo o conceito de um projeto sonoro é desconsiderado.
O objetivo de existência da Fine Sound é quebrar esta rotina de puxadinhos e de jeitinhos que tanto atrapalha os resultados das empresas e os resultados do Brasil. Parece utopia esse objetivo, mas, em quase 16 anos de atuação, temos 2362 obras em todo o país, exceção ao Acre.
Empresas que acreditaram e acreditam na nossa mensagem e no nosso conceito e, embora ainda com problemas conceituais, evoluímos muito. Este é o incentivo que toda a equipe Fine Sound quer ter diariamente: saber que estamos no caminho certo e que nossos clientes estão felizes e satisfeitos, exatamente como definido na nossa Missão, Visão e Valores desde o início de nossas atividades, em 2004.
Claudio R. A. Villela
Founder & CEO
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