Texto por Direito de Ouvir – Dicas sobre música alta e exercícios. Todo excesso de ruído contribui para a perda auditiva progressiva.
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Músicas nas alturas no spinning e na corrida, balada no máximo volume, cidade barulhenta: se você se reconhece nessas situações, melhor começar a se preocupar com sua audição.
“Todo excesso de ruído contribui para a perda auditiva progressiva. Além da intensidade, o tempo de exposição ao barulho também interfere”, diz Verônica Soares, fonoaudióloga da Direito de Ouvir.
O som alto altera a vascularização do ouvido, provocando a falta de oxigênio, que causa a morte das células auditivas. O que fazer? A especialista dá algumas instruções:
- Regule o volume de seu fone de ouvido em um local silencioso e mantenha-o em um nível agradável. Não aumente o som, mesmo se depois você for pra um lugar mais barulhento;
- Não durma com a televisão ligada. Esse é o momento de sua audição também descansar;
- Se o barulho na academia – ou até mesmo o ronco do marido – a incomoda demais, não hesite em usar um protetor auricular;
- Alguns aplicativos que simulam um decibelímetro (aparelho usado para medir o nível de ruído do ambiente) podem ser baixados gratuitamente no celular. É uma boa para você checar a intensidade dos barulhos à sua volta;
- Durante os exercícios, o sangue é desviado dos ouvidos para as pernas, braços e coração. Essa alteração torna as células ciliadas mais sensíveis ao barulho.
- Por isso, abaixe o volume dos fones para evitar danos à audição;
- Se sentir um zumbido no ouvido, procure um especialista para uma avaliação mais cuidadosa.
Exercícios e a saúde auditiva
Você sabia que os exercícios físicos favorecem também a saúde auditiva? É que a obesidade está relacionada à perda auditiva.
Uma pesquisa feita com mulheres no Brigham and Women’s Hospital, em Boston, nos Estados Unidos, revelou que o excesso de peso nelas pode torná-las mais suscetíveis a futuras perdas auditivas.
Uma das formas mais tradicionais de cálculo de obesidade é o IMC (Índice de Massa Corporal), que é peso do indivíduo (em quilo) dividido pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado. Na faixa entre 18 e 24,9, esse valor é considerado normal. Se for superior, pode indicar de sobrepeso a obesidade.
Com base nos dados colhidos no histórico de 68 mil mulheres, os pesquisadores concluíram que quanto maior o IMC ou maior a circunferência da cintura, maior será a probabilidade de perda auditiva como uma consequência da obesidade. Para chegar a essa conclusão, a equipe comparou os resultados de obesas e mulher com IMC considerado normal.
Diabetes, zumbido e obesidade
A explicação para a obesidade causar perda auditiva está no estreitamento dos vasos sanguíneos que comprometem o fluxo de sangue. Esta condição pode elevar a pressão arterial, o que prejudica a audição.
Outro agravante está relacionado ao diabetes. Muitas pessoas com obesidade têm, por consequência, diabetes – outro problema que pode acelerar a perda auditiva principalmente nas mulheres. O zumbido também pode estar relacionado a problemas endocrinológicos e hipertensão.
Qual seria a solução para prevenir a perda auditiva e zumbido nestes casos? Perder o excesso de peso é o primeiro passo. Manter a alimentação saudável e praticar atividades físicas também são medidas importantes. Além disso, é fundamental fazer exames auditivos, como a audiometria, e buscar a orientação de um otorrinolaringologista.
Baseado em matéria publicada na revista Boa Forma
Fonte original do texto: Direito de Ouvir
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