Texto por Diário da Região – Foi-se a época em que as brincadeiras dos pequenos eram vistas como simples passatempo. Os jogos e aventuras infantis ganharam novas interpretações e atingiram importância no processo de aprendizado e socialização. A música, neste cenário, assumiu um papel importante. O contato precoce com o som de qualidade ainda é capaz de beneficiar o aprendizado, seja ouvindo ou aprendendo a tocar instrumentos.
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Pequenos exercícios como segurar um instrumento sozinho sem a ajuda de um adulto podem auxiliar na melhora da coordenação motora. Além disso, realizar atividades com instrumentos que exijam diferentes ações ao mesmo tempo ajuda no desenvolvimento dos músculos da criança.
Filipe Slobodticov, proprietário da escola de música Central Drummers, afirma que as lições aprendidas na música podem ser espelhadas para a vida. A criança que aprende a tocar instrumentos é estimulada a ter disciplina, paciência, concentração, dedicação e sensibilidade, o que ajuda no melhor rendimento escolar, melhora no convívio social, na concentração e faz com que haja mais dedicação às atividades do dia a dia.
A pedagoga Ingrid Goes Lobato Franco afirma que a maneira mais fácil de proporcionar um vocabulário rico e diversificado para uma criança é inserir canções infantis desde antes do nascimento até durante os primeiros anos. Enquanto escutam e cantam, as crianças recebem estímulos que facilitarão sua inicialização na leitura, ativando o cérebro e aflorando os sentimentos.
Cada canção é uma oportunidade para pais e filhos fortalecerem laços afetivos. Com letras fáceis de lembrar, graças ao ritmo e à simplicidade das palavras, elas ajudam a exercitar a memória e desenvolver a concentração e o sentido de linguagem. As músicas infantis transmitem tranquilidade e ajudam a desenvolver percepção musical. As primeiras canções apresentadas devem ser breves, repetitivas e simples de entender.
Algumas músicas para inserir na rotina das crianças são: “Alecrim”, “O cravo e a rosa”, “Corre cutia”, “Caranguejo não é peixe”, “Peixe vivo”, “Ciranda, cirandinha”, “Fui morar numa casinha”, “Dona aranha”, “A barata”, “Borboletinha”, “Formiguinha”, “Se essa rua fosse minha”, “Indiozinhos”, “Mestre André” e “O sítio do seu Lobato”.
Raul Jaime Brabo, coordenador do curso de musicoterapia do complexo educacional FMU/FIAM-FAAM, afirma que a música transforma. “Ensinar uma criança a ouvir e sentir, através de melodias, traz resultados impactantes para seu crescimento pessoal, e a torna um adulto diferenciado, mais crítico e humanizado”, explica.
Brabo afirma que quando se fala de música na primeira infância, não se fala apenas de música clássica. “Essas efetivamente causam um impacto comprovado no desenvolvimento cognitivo, porém são reações individualizadas, que variam de acordo com cada criança e sua sensibilidade. Além disso, a música, quando introduzida no ambiente familiar, estreita o relacionamento entre pais e filhos.”
Fonte original do texto: Diário da Região
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