Texto por Folha Vitoria – Overdose sonora, voluntária ou involuntariamente, pode trazer sérios riscos para a saúde dos ouvidos.
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Nosso dia a dia tem sido cada vez mais barulhento. Na rua, no trabalho ou em casa temos a constante sensação de que o “volume da vida” aumentou. Buzinas, carros de som, camelôs, obras, música em fones de ouvido, eletrodomésticos, pessoas conversando em voz alta, gritaria de crianças, cachorros, telefone, TV, equipamentos eletrônicos…São tantos sons que às vezes fica até difícil saber de onde vem cada um.
O grande problema é que nós seguimos aumentando o volume para ouvirmos melhor. Mas essa “overdose sonora” que nos atinge voluntária ou involuntariamente pode trazer sérios riscos para a saúde dos ouvidos.
O fator genético e a exposição frequente aos altos ruídos são os principais fatores que contribuem para a perda auditiva. Por isso, cuidar desde cedo da audição pode ser essencial para ouvir bem por toda vida ou pelo menos na maior parte dela, já que é na maturidade que se colhem os frutos do que foi plantado ao longo dos anos. Maus hábitos também devem ser evitados. Limpeza incorreta dos ouvidos e até não assoar o nariz podem causar danos à audição.
“Usar hastes de algodão para limpar o ouvido pode ser muito agressivo, se atingir a parte interna do órgão. Podemos empurrar a cera para dentro, o que por si só já pode gerar uma leve perda auditiva. O ouvido deve ser limpo apenas até onde o seu dedo alcança”, alerta a fonoaudióloga Isabela Papera, da Telex Soluções Auditivas.
Veja abaixo quinze dicas da fonoaudióloga, que é especialista em audiologia, para preservar a audição.
1) Monitore os sons em casa (televisão e aparelhos sonoros); não deixe o ouvido se costumar ao som alto.
2) Se usar fones de ouvido, tente manter o volume médio, com o qual possa conversar mesmo ouvindo música. O limite aceitável é de 85 db por 45 minutos.
3) Não fique perto de caixas de som nas festas, em shows de música ou trios elétricos.
4) Só escuta som alto no carro? Cuidado! O alto volume em ambientes fechados não se propaga e, acima de 85 decibéis, é ainda pior.
5) Sempre que possível, descanse sua audição em um lugar silencioso.
6) Atenção às doenças do ouvido, como as otites, que frequentes ou mal curadas, podem causar danos à audição; qualquer sensação incômoda, procure logo um otorrinolaringologista.
7) Cuidado com a ingestão de medicamentos que podem causar danos à audição, como anti-inflamatórios e até aspirina, que tomada em excesso pode levar à perda auditiva.
8) Atenção motoqueiros! Motocicletas, principalmente as de média e altas cilindradas, emitem ruídos em torno ou acima de 95 decibéis. Não trafegue por muito tempo seguido.
9) Cuidado com a música alta nas academias. O barulho pode chegar a 110 decibéis. Proteger a audição também é cuidar do corpo.
10) Se estiver exposto a sons intensos no trabalho, não esqueça de utilizar equipamentos de proteção individual (protetores auriculares).
11) Limpe corretamente seus ouvidos. As hastes flexíveis devem ser usadas somente na parte externa da orelha. Nada de cutucar.
12) Assoe o nariz, de forma suave, duas vezes por dia. A medida evita a entrada de secreções que podem causar perda auditiva, dor, pressão nos ouvidos e zumbido.
13) Quem possui algum familiar próximo que tenha perda auditiva deve procurar um especialista com antecedência. Em muitos casos a perda de audição é fator genético.
14) Faça o teste da orelhinha no bebê logo após o nascimento, mas avalie também a audição de seu filho, novamente, na época da alfabetização. Ele pode ter adquirido perda auditiva nos primeiros anos de vida, por conta de medicações ou otites.
15) Evite a exposição a ruídos excessivos, seja em ambientes fechados, seja nas ruas. Caso isso não seja possível, use protetores auriculares ou minimize o tempo que fica neste ambiente. Quanto maior a intensidade do barulho, menor deve ser o tempo em contato com o ruído.
Fonte original do texto: Folha Vitoria
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