Texto por Direito de Ouvir – Você sabia que a exposição a ruídos pode prejudicar a audição do feto? Um estudo promovido pelo instituto sueco de medicina do trabalho Karolinska Institutet apontou que crianças geradas por grávidas que trabalham em ambientes ruidosos têm 80% a mais de chance de ter problemas de audição.
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Por isso é fundamental que as mulheres evitem a exposição a níveis altos de ruídos durante a gravidez.
Para chegar a essa conclusão, o estudo analisou dados de 1,4 milhões de crianças nascidas na Suécia no período entre os anos de 1986 e 2008. Durante a pesquisa, foram coletadas informações sobre a ocupação das mães, se elas eram fumantes ou não, sua idade, etnia, índice de massa corporal (IMC), licença maternidade, além de fatores socioeconômicos.
Entenda como funcionou a pesquisa
Ao todo, foram analisadas cerca de 1.5 milhão de mulheres. Elas foram divididas pelo ruído ao qual eram expostas. O perfil geral das expostas a mais do que 75 decibéis era: de 24 a 33 anos, 85% não fumante, 55% com ensino médio completo e 57% trabalhando em tempo integral. As mulheres expostas entre 75 e 85 dB e as abaixo de 85 dB também tinham basicamente o mesmo perfil.
Os resultados gerais, que reuniam mães que trabalham em tempo integral e meio período, apontaram que as disfunções auditivas relacionadas às grávidas que estavam expostas a níveis de ruídos entre 85 e 75 decibéis foi de 1,27. Para as trabalhadoras de tempo integral a proporção de ajuste era de 1,82.
A recomendação dos especialistas é que grávidas devem evitar níveis de ruídos acima de 80 decibéis.
Como funciona a audição do feto
O desenvolvimento da audição inicia por volta do 5º mês de gestação, mas o feto não parece estar preparado para os estímulos sonoros externos ao corpo da mãe. Estudos recentes de Niemtzow (1993) revelaram que ruídos de 60 dB a 80 dB produzem estresse e acima de 80 dB são nocivos à saúde fetal.
Pesquisas demonstraram também que o feto pode detectar, responder e diferenciar sons, assim como a sua intensidade e altura. O feto tem a capacidade de ouvir e desenvolver memória dos sons intraútero.
O líquido amniótico pode amplificar alguns tipos de som, como os muito graves. A voz da mãe também é amplificada em cerca de 5 decibéis. É preciso considerar que um barulho muito forte faz com que o organismo da mãe produza hormônios ligados ao estresse, fazendo o coração acelerar, o que não é bom para o bebê. Saiba mais sobre o desenvolvimento da audição do bebê.
Como proteger seu bebê?
As grávidas devem ficar atentas ao nível de ruído ao qual estão expostas no trabalho. Em determinados casos, é importante que elas usem equipamentos de proteção individual para proteger a audição. Mas caso o ruído seja muito elevado, o ideal é que a grávida seja realocada para outra função.
Após o nascimento, é importante que a criança passe pelo Teste da Orelhinha, que também pode identificar distúrbios auditivos. Os pais também precisam ficar atentos porque, em muitos casos, a perda auditiva infantil pode passar despercebida.
Fonte original da notícia: Direito de Ouvir
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