Texto por Direito de Ouvir – O excesso de ruído é o segundo tipo de poluição mais prejudicial do mundo.
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Segundo um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de ruído é o segundo tipo de poluição que causa mais doenças no mundo.
Além disso, outro cuidado necessário é com os agentes químicos, que também podem causar alguns malefícios.
“Os produtos químicos ototóxicos que apresentam comprovados efeitos nocivos à audição são alguns solventes orgânicos, como o tolueno e o xileno (muito presentes em indústrias gráficas e setores de pintura de automóveis nas tintas e no thinner utilizado), o n-hexano, componente da benzina também utilizado na limpeza de chapas de acetato em gráficas, o tri e o tetracloroetileno, presentes em galvânicas e setor de limpeza de metais, e a gasolina, muito presente em indústrias petroquímicas e postos de gasolina”, explica a fonoaudióloga Alice Penna de Azevedo Bernardi, da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.
Ainda de acordo com a especialista, a maioria dos processos produtivos envolve exposições a níveis de pressão sonora acima dos limites de tolerância de 85 dB por 8 horas de trabalho previstos pela NR-15 do Ministério do Trabalho.
No entanto, os processos produtivos que envolvem maiores riscos são as mineradoras e beneficiamento de pedras e mármore, metalúrgicas, vidrarias, construção civil, gráficas (que também envolvem exposição simultânea à solventes) e atividades de condutores de ônibus e caminhões.
Confira na tabela o tempo de exposição sonora diária permissível para o nível de pressão sonora ambiental.
Nível de pressão sonora – NPS dB(A)
Máxima exposição diária permissível
85 – 8 Horas
86 – 7 Horas
87 – 6 Horas
88 – 5 Horas
89 – 4 Horas e 30 minutos
90 – 4 Horas
91 – 3 Horas e 30 minutos
92 – 3 Horas
93 – 2 Horas e 40 minutos
94 – 2 Horas e 15 minutos
95 – 2 Horas
96 – 1 Hora e 45 minutos
98 – 1 Hora e 15 minutos
100 – 1 Hora
102 – 45 Minutos
104 – 35 Minutos
105 – 30 Minutos
106 – 25 Minutos
108 – 20 Minutos
110 – 15 Minutos
112 – 10 Minutos
114 – 8 Minutos
115 – 7 Minutos
Cuidados com a prevenção
Os protetores auditivos são medidas preventivas importantes quando tratamos da exposição sonora excessiva. Porém, sua eficácia pode ser extremamente variável, principalmente quando o usuário não faz a correta colocação deles. Nos casos de protetores do tipo plug, que são inseridos dentro do conduto, pode haver ainda dificuldade na vedação completa do conduto auditivo, reduzindo sua eficácia em até 80%.
“Outra variável importante é o treinamento ministrado ao trabalhador. A legislação trabalhista brasileira obriga as empresas não só a fornecerem os protetores auditivos indicados para cada tipo de exposição, como também ministrarem treinamentos periódicos para sua utilização correta, bem como fiscalizarem e tornarem obrigatório o seu uso. Nesse sentido, é importante que o treinamento seja ministrado de maneira a promover motivação e sensibilização para o seu uso contínuo”, destaca Alice.
A fonoaudióloga completa que, por esses motivos, o protetor não deve ser a única e principal ferramenta para a prevenção das perdas auditivas. Eles devem ser adotados como uma medida complementar e as empresas devem investir principalmente nas medidas de proteção coletivas que envolvem projetos de melhorias ambientais, como redução do ruído na fonte ou na sua propagação por meio da utilização de materiais isolantes e absorventes de ruído.
Profissões que oferecem mais risco para a audição
Acredite se quiser: os professores estão entre os profissionais que mais sofrem perda auditiva. Segundo um estudo realizado pela Wakefield Research for EPIC Hearing Healthcare, 15% dos docentes americanos foram diagnosticados com perdas auditivas. Entre demais profissionais, esse número não ultrapassou 12%.
Mas outras profissões também oferecem riscos para a audição. Bombeiros, frentistas estão entre os mais prejudicados.
Fonte original do texto: Direito de Ouvir
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