Texto por Viva Bem UOL – A música é muito presente em nossas vidas. Inclusive, arrisco dizer que hoje em dia é mais comum ver gente andando com fones de ouvido pelas ruas do que com as orelhas livres ouvindo o som dos carros.
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A melodia anima, emociona, gera empatia, nos inspira, e um novo estudo conseguiu mostrar como as notas atingem o cérebro e influenciam em processos cognitivos como o aprendizado. Os resultados foram publicados na revista científica PNAS.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas precisaram fazer testes em humanos:
- 20 participantes com idade entre 18 e 27 anos passaram por algumas provas musicais;
- Eles precisavam escolher cores e direções e as combinações podiam resultar em uma música agradável ou uma desagradável;
- Com o tempo, os voluntários entendiam a lógica e aumentavam as chances de ganhar músicas legais;
- Cientistas acompanharam a atividade cerebral dos voluntários durante o jogo com ressonância magnética.
Com todos os dados, os pesquisadores concluíram que a música pode ativar o centro de recompensa do cérebro e motivar a aprendizagem. “Esta análise aumenta nossa compreensão de como estímulos abstratos como a música ativam os centros de prazer do cérebro, assim como recompensas concretas como dinheiro ou comida”, explicou o autor do estudo, Benjamin Gold, em entrevista ao site americano Medical News Today.
As descobertas do estudo foram:
- Escolhas certas com boa música aumentavam a atividade de uma área do cérebro vinculada à experiência do prazer;
- O cérebro entende a música como uma boa recompensa e os sons agradáveis fornecem motivação suficiente para o cérebro aprender novas informações que permitirão o acesso a essa fonte de prazer mais facilmente;
- Os participantes que decifraram o jogo e conseguiram ouvir músicas agradáveis com mais frequência estimularam mais o cérebro e tiveram maiores progressos de aprendizagem ao longo das tarefas.
Por que isso importa: Enquanto você ouve música não está só relaxando ou se divertindo, mas também estimulando o cérebro a se desenvolver e melhorar processos cognitivos. Médicos endossam a importância de estímulos de processos cognitivos para tentar afastar o aparecimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Atividades físicas e sociais também protegem o cérebro de danos desta demência.
Fonte original do texto: Viva Bem Uol
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