Texto por Portal Rosa Choque – Intensidade da música durante a malhação pode chegar a 110 decibéis, 25 a mais do que o tolerado, segundo especialistas.
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Para estimular a malhação, a música não pode faltar nas academias. E é aí que mora o perigo. É preciso ficar atento ao volume em que os professores colocam as músicas. De acordo com pesquisa realizada na George Mason University, da Virgínia (EUA), o volume das músicas que embalam as aulas de spinning, zumba, jump e ginástica localizada pode atingir 110 decibéis, um nível extremamente perigoso e fator de risco para a saúde dos ouvidos, já que o excesso de barulho ao longo da vida pode acelerar a perda auditiva.
Além das músicas altíssimas, o ruído é causado também pelos frequentes gritos dos professores ao microfone para manter os alunos no ritmo da malhação e indicar a troca de exercício. “Nosso ouvido tolera bem até 85 decibéis. Na medida em que o volume passa dos 100 decibéis, aumenta o risco de lesões na cóclea – órgão dentro da orelha responsável pela audição. Dependendo da frequência e do tempo de exposição ao som elevado, o aluno – e também o professor – podem sofrer danos auditivos de forma contínua e elevada ao longo da vida”, explica a fonoaudióloga Isabela Papera de Carvalho, da Telex Soluções Auditivas, que é especialista em audiologia.
Professores de academia correm mais riscos
Os professores, por estarem em seu ambiente de trabalho por um tempo maior do que os alunos, sofrem ainda mais com o excesso de exposição ao barulho. Segundo estudo realizado em Curitiba, que investigou o perfil audiológico de 32 professores de academias de ginástica,15% deles apresentavam perda auditiva neurossensorial para frequências agudas. Zumbido (24%), sensação de ouvido tampado (15%) e baixa concentração (15%) foram as queixas mais relatadas por esses profissionais de educação física.
Portanto, para ao menos atenuar os riscos de danos à audição em razão do som em excesso na academia, é indicado o uso de protetores auriculares. O uso desses atenuadores, como também são chamados, já é obrigatório em muitas indústrias, para profissionais que trabalham em ambientes com ruídos da mesma intensidade que os emitidos nas academias. “Eles reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o que as outras pessoas falam e nem as músicas”, explica a fonoaudióloga.
Atenção aos fones de ouvido
Nem só de aulas animadas se vive na academia. Os equipamentos para aquecer a musculatura ou queimar calorias, como esteira, bicicleta ergométrica, transport, entre outros, são super concorridos e os companheiros inseparáveis dos atletas são os fones de ouvido. Eles também podem ser um vilão para a audição se utilizados em volume muito alto e por longos períodos. Alguns modelos permitem maior clareza da música sem que necessariamente o indivíduo tenha que aumentar o som. Esses geralmente se ajustam melhor ao ouvido, são mais confortáveis e permitem um máximo isolamento do barulho ambiente, estimulando o usuário a manter o volume em nível confortável aos ouvidos, já que assim, naturalmente, o indivíduo ouve melhor o som das músicas
“Recomendo às pessoas que usam fones de ouvido com frequência que façam uma avaliação chamada audiometria. É o exame que revela se o paciente já tem perda auditiva e como deve proceder, a partir daí, para evitar o agravamento do problema”, conclui a especialista da Telex.
Fonte original do texto: Portal Rosa Choque
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