Texto por Socientifica – A música está presente desde a pré-história e, por ser percebida de forma semelhante a fala, a música pode ter papel importante na evolução dos parentes mais próximos do ser humano. Além disso, a música é uma fonte de prazer para quase todo ser humano, o que a torna essencial de forma individual.
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A música é tão essencial ao ser humano que registros mostram a existência de instrumentos datados do Paleolítico, a pelo menos 40.000 AEC. Tais instrumentos são conhecidos como Flautas paleolíticas ou Flautas de Divje Babe.
Levando em conta que flautas já demandam uma noção mais complexa, podemos esperar que instrumentos de percussão tenham sido criados ainda antes desses 40.000.
Mas o que exatamente é a música?
É extremamente difícil achar uma definição única para música, talvez a mais comum seja a definição de que música é a organização de sons. Apesar de uma explicação vaga, essa definição já ajuda um pouco.
Outra definição, que se pode encontrar no Concise Oxford English Dictionary, é um pouco mais precisa e coloca a música como a arte de combinar sons vocais e/ou instrumentais para produzir beleza, harmonia e emoção.
Qual a importância da música?
A música é uma expressão artística que transcende, possui a capacidade de se ligar com outras artes e inspirar. A expressão musical consegue dar particularidade a sociedades. No Brasil, por exemplo, temos um padrão de músicas românticas e de tons de felicidade.
Música como tratamento:
De acordo com um estudo publicado na American Psychological Association, a música tem se mostrado, em alguns casos, eficiente no tratamento de pessoas com depressão e Parkinson além de ter efeitos em bebês prematuros.
No caso dos bebês, fizeram um teste com 272 recém nascidos, colocando para eles canções de ninar cantadas pelos próprios pais, um instrumento que imita sons do útero e outro de percussão que se assemelha aos sons de um coração. Todas as três formas de som foram eficazes para diminuir a frequência cardíaca do bebê. No caso do canto, era ainda mais notável.
A chamada musicoterapia ainda é algo novo, mas os estudos têm demonstrado ótimos resultados, e pode se tornar uma ótima saída para tratamentos de casos mais simples.
Como percebemos a música?
Nosso cérebro processa a música de forma muito mais complexa do que parece. Apesar de parecer uma coisa só, nosso cérebro interpreta a música de forma separada, processando ritmos, tons, batidas, notas, ordem, regularidade e timbres.
Geralmente, tons mais graves tendem a gerar sentimentos mais melancólicos e tristes. Sons mais agudos podem proporcionar o oposto, sentimentos mais felizes e contagiantes.
As batidas também geram sentimentos, músicas entre 80 BPM e 120 BPM, como We Will Rock You e Billie Jean, são muito mais contagiantes e trazem um sentimento maior de alegria, do que se comparadas com músicas com menos batidas como, por exemplo, a Marcha Fúnebre, com 60 BPM.
Outro fator importante são as repetições. As músicas mais previsíveis e repetitivas tendem a ficar por mais tempo na memória e são mais fáceis de serem processadas. O Funk brasileiro é um bom exemplo disso.
Entretanto, todos esses detalhes podem mudar se observarmos culturas diferentes. Instrumentos da família dos metais, na cultura ocidental tendem a ter um sentido de heroísmo e obedecem bem a relação de sons graves e agudos mencionados no segundo parágrafo. O mesmo não se aplica na cultura indiana, por exemplo, que nota esse tipo de instrumento como sentimentos de luto e tristeza.
FONTES / ScienceDaily / CurrentBiology / BBC
Fonte original do texto: Socientifica
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