Texto por O Regional – Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu a perda auditiva com uma das cinco prioridades para o século 21. Todos nós sabemos que a surdez prejudica a saúde e a qualidade de vida, e engana-se quem pensa que isso é um problema só das pessoas mais velhas.
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Pelo contrário, a surdez precoce está cada vez mais frequente. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 bilhão de pessoas correm o risco de perder a audição nas próximas décadas. Os números preocupam tanto que a própria entidade elegeu a perda auditiva com uma das 5 prioridades para o século 21.
De acordo com o otorrinolaringologista Evandro Marton da Silva, dentre os fatores que podem justificar o aumento de casos de surdez precoce estão os maus hábitos, como: ouvir música alta no fone de ouvido, estar frequentemente exposto a sons altos em festas e shows, horas no trânsito barulhento das grandes cidades e o trabalho em ambientes ruidosos, como indústrias e construções.
“Uma exposição sonora superior a 80 decibéis durante bastante tempo pode causar lesões auditivas progressivas, bilaterais (nos dois ouvidos) e irreversíveis. O zumbido nos ouvidos também pode ser consequência do som alto e, além de incomodar bastante, é um dos sinais da perda auditiva”, alerta o otorrinolaringologista.
Para calcular o limite de som permitido, é simples: considera-se um volume de 85 decibéis suportável por até oito horas consecutivas. Para cada cinco decibéis, além disso, o limite cai pela metade. Ou seja, para um barulho de 90 decibéis, o limite seguro é de 4 horas de exposição contínua.
Um barulho de 95 decibéis só pode ser ouvido por duas horas, 100 decibéis por uma hora, e assim por diante.
Para se prevenir, o médico ressalta que simples atitudes no dia a dia podem ajudar a cuidar da saúde dos ouvidos, contribuindo para evitar a surdez.
“Evitar exposição à poluição sonora, não usar fones de ouvidos e, se necessário, usar com cautela e corretamente, evitar usar hastes flexíveis ou qualquer outro objeto pequeno para coçar a orelha ou tirar cera e, claro, visitar o otorrinolaringologista periodicamente são hábitos fundamentais para cuidar da sua saúde auditiva”, explica o médico ressaltando que pessoas que trabalham expostas a ruídos devem usar equipamentos de proteção individual com orientação de um especialista.
Fonte original do texto: O Regional
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